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Um carinho na alma: O menino do dedo verde


O menino do dedo verde é um livro de Maurice Druon que conta a história de Tistu, uma criança que como todas da sua idade, vive a fazer descobertas.

Tistu descobre uma especial: Ele tem o dedo verde!

Filho do Sr. Papai e Dona Mamãe, vive numa casa que brilha de tanta limpeza, localizada na cidade de Mirapólvora.

O comércio de Mirapólvora é baseado na fábrica de canhões do Sr. Papai, que fabrica canhões de todos os tamanhos e estilos, e que por sua vez auxiliam em todos os tipos de conflitos armados, exatamente por isso, a cidade é conhecida no mundo todo.

Tistu com o seu polegar verde.


Quando Tistu atinge certa idade, seus pais decidem colocá-lo numa escola, porém ele possuía mais essa diferença. Ele não conseguia evitar o sono durante a aula, por mais que se esforçasse, sempre acabava dormindo.

Então, o Sr. Papai tem a ideia de fazer Tistu aprender com a "vida". Sua primeira aula será sobre jardim. O Sr. Papai julga que Tistu assim aprenderá sobre a terra, então sobre o capim que nela é plantado, nos animais que comem esse capim, e depois sobre nós, que os comemos...

Seu professor é o Sr. Bigode. Um homem que fala com as plantas e é encantado com as flores. Irá ensinar a Tistu tudo o que ele precisa saber sobre seu polegar verde e isso muda tudo!

Tistu com o Sr. Bigode .

Bom, eu tentei resumir da maneira como está no livro, para quem ler poder sentir como se realmente estivesse no mesmo.

Esse livro "me acarinha a alma" justamente por essa linguagem inocente, feita pra criança.

Onde Tistu toca nascem flores, esse é o poder dele. De certa maneira, é o poder de toda criança.

Com esse poder, Tistu tenta mudar a realidade de Mirapólvora, ele quer deixá-la mais colorida e alegre. Tistu não consegue entender como os adultos vivem com tantas coisas ruins e ainda se acostumam com isso.


Para mim, o clímax do livro logo acontece quando Tistu muda a primeira coisa em sua cidade. Ele vai até a cadeia e não conseguem entender como as pessoas que são postas lá para melhorar e para pensar em seus erros, vão conseguir fazer isso se estão em um local tão feio e triste. Os presos viviam querendo fugir, estavam sempre desanimados olhando para todas aquelas grades.

Então, Tistu tem a ideia de deixar seu polegar verde criar flores por toda a prisão. No outro dia, ao amanhecer, os presos ficaram tão encantados com as flores que nem se deram conta que as grades tinham sumido. E no lugar delas só existiam trepadeiras e mais rosas. Eles não sentiram mais vontade de fugir, ficaram lá, para cuidar das flores e isso deu uma profissão a eles.

Como a cadeia amanheceu.

"— Descobri uma coisa extraordinária — disse Tistu em voz baixa.

— As flores não deixam o mal ir adiante."

O livro também é composto de diversas ilustrações de Marie Louise Nery, que tentam passar para os leitores toda a delicadeza das ações de Tistu. Acho que é muito bom para o leitor imaginar sozinho as situações, mas também quem não se encanta quando um livro vem com ilustrações tão lindas?

Enfim, espero que quem leu essa resenha tenha sentido vontade de ler o livro.

"Tistu tinha grandes olhos azuis e faces rosadas e macias. Todo mundo o beijava.

Porque as pessoas grandes, sobretudo as de nariz grande, rugas na testa e cabelo no ouvido, estão sempre beijando as criancinhas de face macia e rosada. Eles dizem que as crianças gostam, e isto é outra das ideias que inventaram. Porque são eles, os grandes, que gostam, e as crianças de face macia e rosada são muito boazinhas em prestar-se a isso."


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